esse peito é meu, comprei, paguei e fui contemplada!

Gente, adoro fazer descobertas e ontem fiz uma bem peculiar, já vi consórcio de imóvel, de carro, de moto, etc, mas nunca imaginei tal modernidade financeira no mundo da beleza, "consórcio de peito de silicone", cirurgia plástica e afins. O corretor disse que fez para a mulher dele e têm muitas outras chicas fazendo. Eu como uma boa curiosa, perguntei sobre as regras, são as mesmas de um consórcio normal, tem sorteio, contemplados e lances.

Peitão já é um sonho de consumo faz tempo e um artigo de luxo nessa nossa sociedade, também, de consumo. Porém, é muito doido pensar nisso como investimento, comparado com os antigos sonhos da casa própria, um carro, que também não deixa de ser consumismo.

Imagem retirada do Blog O Esquema

No primeiro impacto fiquei um pouco chocada com a novidade, depois pensei mais e achei legal - cada um gasta com o que deseja, mais adiante me preocupei de novo - pôxa, eu tenho uma filha e poderia pensar em fazer um consórcio para pagar estudos para ela, viagem, apartamento para deixar de pagar aluguel, etc...mas se a moda pega e ela me pede um "peitinho", quer dizer um "peitão"?!

Também tem outro lado, aquelas mulheres que têm filhos e depois cai um pouco ou some, o segundo é o meu caso. Fiquei à favor de novo. Mais não, não pode tanto apego ao corpo...E os bonitões e bonitonas saradões geração saúde? valorizam o corpo e a saúde, aí é legal...

No fim de tudo concluí, agora, nesse exato minuto, que não é pecado querer ficar "bonita", mas o perigo é de onde veio esse "querer". Surgiu de se olhar no espelho, de imaginar um decotão bonito, de dar um up depois de amamentar... ou se veio da vontade de se parecer com alguém da tv, da novela, de agradar alguém, de ficar na moda.

Acho perigoso o desejo e saber que hoje em dia se dá jeito em quase tudo que se deseja, podendo pagar, seja a" crébito, drébito" ou consórcio.

Liberdade às mulheres que querem um peito novo, eu também acho que gostaria de um maior, mas isso tem que ser um desejo individual e não um consumo de massa, plantado em nossas cabeças por uma ditadura da moda e da beleza.