quinta-feira, 22 de agosto de 2013

no divã, a jogadora de vôlei Ana Maria Volponi Freitas

foto Alisson Sbrana - No tecido Cinthia Beranek

No meu divã, deitam amigas, amigos, pessoas que admiro, que fazem coisas bacanas e que são inspiração para nós, leitores desse blog. Inauguro esse espaço com uma conversa com a jogadora de vôlei Ana Maria Volponi Freitas. Campeã mundial e sul americana pela seleção brasileira, medalha de prata nos Jogos Pan-americanos em Cuba, bronze no Good Will games USA, campeã mundial de clubes pela Sadia, 4 vezes campeã sul americana de clubes, 7 vezes campeã brasileira de clubes, etc.
 
Eu conheci a Ana, pessoalmente, num show do Sambô no Clube A, mas já era sua fã, minha irmã costuma dizer que sou uma “brasileira nata”, daquelas que assiste todos os jogos da seleção, viciada em campeonatos, olimpíadas, pan-americanos, desde pequena. Então, quando a vi, fiquei com aquele sentimento de felicidade de fã. Mas depois de conhecer, admiro ainda mais a esposa do Fabião e mãe das gêmeas, Mariana e Beatriz, as amigas adolescentes da Lis.

A Ana é uma mulher de fibra, mas que tem uma leveza no estilo de levar a vida que é contagiante. Teve uma infância difícil, pois perdeu os pais muito cedo, hoje formou uma família linda que adora aventuras, festas e passeios, “Gostamos das coisas simples valorizamos muito nossos parentes e amigos e adoramos compartilhar nossas conquistas, também curtimos viagens em família e com os amigos”, conta ela.
 
Começou a jogar voleibol na escola, no interior de São Paulo, na cidade de Casa Branca, como a maioria das crianças dessa idade. Com 15 anos aceitou o convite para jogar no Paulistano em São Paulo, depois na Pirelli em Santo André, onde começou a investir na carreira de jogadora, dando os primeiros passos rumo a uma trajetória de conquistas. “Jogava no meio da rede, tive o privilégio de tornar-me uma líbero, quando surgiu essa posição, eu já estava na fase final da carreira, adorei as duas posições que joguei, gostava de bloquear como meio e de passar como libero”, explica a atleta.
 
O fato de ser mãe de gêmeas não a impediu de continuar a jogar vôlei, porém na vida de uma jogadora é inevitável pensar em ‘qual é a hora certa de parar de jogar profissionalmente’, para Ana, assim como para muitos atletas, não foi nada fácil aceitar esse momento, e o primeiro fator foi físico, “nos comprometemos com a nossa saúde ao longo de nossa carreira, tenho hoje 6 cirurgias nos joelhos, e esta e uma herança negativa da vida esportiva, dentre tantas outras coisas boas”, define.
 
 
 
Como empresária, tem uma loja de Multi Marcas a mais de 20 anos, com uma sócia para apoiar os ideais, comadre há anos. Logo que parou de jogar, inaugurou um Núcleo de iniciação de vôlei em sua cidade natal, Casa Branca, um projeto criado pelo Técnico da Seleção Brasileira, Bernardinho, “fui voluntária neste projeto por anos, mas infelizmente o ano passado tivemos que encerrar o Núcleo por muitos fatores deste dificuldade de professores da prefeitura como mudança de gestão entre outros. Na verdade depois do Núcleo de Iniciação de Vôlei em Casa Branca não estou mas ligada ao esporte, mas ainda desejo muito ajudar a  formar uma Equipe Profissional de Vôlei em Curitiba, onde voltei a morar a dois anos, e o meu sonho neste momento pois ainda sinto que posso contribuir para o Voleibol Nacional”, ressalta a jogadora.
Núcleo de iniciação de vôlei: www.compartilhar.org.br

A família Volponi Freitas e Giordan é toda formada de esportistas, o Fábio, hoje empresário, foi jogador de basquete e as meninas já disputam os primeiros campeonatos de vôlei, seguindo os passos da mãe. “Acho o esporte fundamental na vida do jovem, não necessariamente alto rendimento, mas a oportunidade de estar envolvido e fazendo parte de uma equipe, seja em qualquer esporte, participando de campeonatos escolares ou estaduais e até mesmo internacionais trazem aos jovens uma bagagem natural de lidar com momentos de pressão, tensão de forma confortável para que em sua vida pessoal e mais tarde profissional estejam aptos a encarar um vestibular ou uma concorrência com mais sabedoria, pois já viveu isso na sua trajetória esportiva. E quem ganha com isto é a família, que consegue passar estes valores de segurança, metas, conquistas e superação de forma mais positiva possível, convivendo em grupo, sabendo lidar com as pessoas, respeitando-as. Por isso, o Fábio e eu incentivamos muito nossas filhas a fazerem esporte, se por acaso algum dia vierem a defenderem nosso País será um orgulho para nós brasileiros, mas isso só dependerá de seus próprios sonhos”, encerramos assim a conversa com a campeã Ana Maria Volponi Freitas, apenas essa conversa, dentre muitas outras que virão.
 

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