Estou lendo um livro interessante, "Guia politicamente incorreto da história do mundo, de Leandro Narloch. Alguns historiadores podem considerar um pouco pretensioso, porque ele tenta quebrar muitos tabus da história, fatos e informações, que eu, por exemplo, sempre ouvi sem questionar, pois pareciam ser verídicas. Por isso ele é interessante, nos faz repensar fatos e costumes antigos, medievais, citando, também, outros autores e pesquisadores com a mesma teoria.
Na minha humilde opinião, vale a pena ler, primeiramente para pensar o que nos foi ensinada, para ter repertório para discutir, ou mesmo discordar. Ver outros lados das mesmas histórias. Vou colocar algumas citações que me chamaram a atenção sobre a Idade Média:
Roma
"Os arcos e as límpidas colunas de mármore de Roma nos remetem aos valores mais elevados da cultura clássica e do conhecimento humano. Na verdade, as colunas, paredes e muros não só não eram brancos - mas coloridos de amarelo, vermelho e laranja fortíssimos, que se perderam com a ação do tempo - como exibiam pichações e rabiscos com frases tão vulgares quanto as dos banheiros públicos de hoje em dia".
Será?!
sexo antes do casamento
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Ilustração de capa - Gilmar Fraga |
P.S.: Conclui também, na leitura completa, que muitos desses costumes da idade média que aprendemos na escola, faculdade, livros e nos filmes, diz respeito a realeza e não à maioria das pessoas, como camponeses. Nos altos escalões sim haviam casamentos arranjados e "talvez"mais donzelas.
Nudez
"Numa época em que o individualismos valia pouco, não havia tanta privacidade em ações que hoje consideramos íntimas, como fazer sexo, tomar banho ou ficar nu diante dos outros. Pijamas eram raridade - fora dos conventos e monastérios, as pessoas dormiam peladas. O receio de tirar a roupa despertava a suspeita de que a pessoa pudesse ter algum defeito corporal, como descreveu o sociólogo Norbert Elias, a vergonha e intimidade são sentimentos que cresceram com o individualismo e as regras de etiqueta da corte a partir do século 16.
Legalização da Prostituição, imposto?
"Assim como hoje, a prostituição era comum e às vezes reprimida, às vezes tolerada. A partir do século 14, algumas cidades europeias não só legalizaram a venda do sexo, como organizaram o negócio. Bordéis dirigidos pelo governo municipal apareceram em toda a Europa Continental. Supervisores estipulavam os locais e as horas de prostituição e cobravam impostos das mulheres e dos cafetões. O mais famoso desses bordéis, o Castelleto, criado em Veneza, por volta de 1350, atraía turistas sexuais de toda a Europa. Essa tolerância com a prostituição tem uma raiz teológica. Dois dos principais alicerces do pensamento cristão, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino defenderam que a igreja deveria parar de se incomodar com os prostíbulos, porque eles seriam essenciais à ordem pública. 'Se proibirem a prostituição, o mundo será convulsionado pela luxúria', escreveu Santo Agostinho ainda no fim do Império Romano. São Tomás de Aquino, em sua obra-prima, a Suma Teológica, do século 13, tem um raciocínio parecido. Ele concorda que a prostituição é um pecado capital, mas acha melhor deixar esse tipo de vício para o julgamento divino, pois a lei humana não deve controlar a intimidade do homem.
Têm mais temas interessantes no livro, vou postando conforme for lendo.
Boa noite!
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